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Viajar deve ser sempre prazeroso, pois a “bagagem” que trazemos nos faz refletir sobre a beleza da diversidade cultural e, assim, nos proporciona a liberdade de saber que não existe um modelo único e inviolável de condutas e símbolos coletivos estabelecidos para manutenção das relações interpessoais de forma harmônica.
Recentemente, viajei com a mesma disposição e alegria de sempre. Como qualquer turista estava disponível para conhecer ao máximo, ou melhor, os mínimos detalhes do meu destino.
Parti num vôo diurno que favoreceu a contemplação da beleza imensurável de uma região brasileira (eu viajo como criança, colada na janela... rsrsrsrs). Serviço de bordo impecável.
Depois de algumas horas, cheguei ao meu destino e fui correndo pegar as malas. Estava com pressa para conhecer a cidade, pois era a minha primeira vez naquele local tão badalado pelas revistas especializadas.
Em 10 minutos, aproximadamente, estava num hotel bonito, todavia, era apenas isto, uma arquitetura e decoração agradáveis. O tratamento dos recepcionistas nem com muito esforço mental lembrava a palavra: PROFISSIONALISMO.
Faço uma pausa para uma breve comparação: Quem nunca ficou irritado com o serviço de telemarketing? Eu já fiquei mais de 1.500 vezes, mas, NUNCA, pelo tratamento do atendente e, sim, em alguns casos, pela imprecisão da informação. Dentro deste contexto, acredito que ninguém tem nenhuma reclamação sobre a “abertura” da conversação neste serviço, por exemplo:
Atendente: Boa Noite! Meu nome é X. Por gentileza com quem falo?
Cliente: Andréa, Drª Andréa, Srª Andréa.
Atendente: Andréa ou Drª Andréa ou Srª Andréa no que posso ajudá-la? (eles tratam como você se apresentou).
Cliente: apresentação do problema.
Atendente (finalização do atendimento): A empresa Y agradece a sua ligação. Tenha uma boa noite! (mesmo depois de ter passado horas e horas ouvindo a reclamação do cliente)
Como todos nós sabemos, este tipo de conversação não é uma criação do operador, mas um treinamento oportunizado pelas empresas para garantir o profissionalismo no atendimento.
Pois bem. No hotel que fiquei a recepção mais parecia um botequim de 5ª categoria, era uma deselegância sem precedentes: “dá para você falar mais alto”, “fulano, fulano leva a mala de beltrano”, “você esta hospedado em qual apartamento” (gritando), entre tantas outras coisas, como tirar a louça da refeição sem o cliente ter terminado...A treva!!!!
Ah, não pensem que o hotel era sem estrelas, ao contrário, muito recomendado por agências e revistas. Inicialmente, pensei que fosse implicância da minha parte, porém, no 2º dia descobri que a dinâmica era essa mesmo...Parei para refletir e resolvi não estragar minha viagem.
No entanto, confesso a vocês que a vontade de voltar para casa tornou-se meu principal objetivo. Perdi o encantamento e fiquei alerta,mesmo fora do hotel, para todo tipo de comportamento de terceiros.
Outra comparação: Quando conheci o Rio de Janeiro, com tantas noticias de violência, fiquei morrendo de medo, até dentro do aeroporto estava com receio. Todavia, a cordialidade, o acolhimento, o profissionalismo com os quais fui recebida pelo hotel me fez confiante, segura, olhava os cariocas na rua com simpatia. Desde então, o Rio tornou-se uma alegria para mim, todos sabem o quanto amo a cidade maravilhosa e sempre que posso faço uma visita.
Nunca devemos esquecer que o turista sai de sua casa confortável e vai para um hotel que torna-se sua 2ª casa, portanto, na minha concepção, o principal e maior cartão postal de qualquer cidade é o tratamento oferecido aos clientes /turistas pelo HOTEL.
A imagem da cidade que visitei e de seu povo foi maculada pela péssima receptividade do local onde fiquei hospedada e se depender da minha vontade não retorno nunca mais.
Escrevi esta experiência para sinalizar a importância dos serviços prestados pelos hotéis como mola propulsora para o desenvolvimento e crescimento do turismo interno. Não adianta os governos municipais, estaduais, o próprio Ministério do Turismo e as empresas de aviação investirem milhões com publicidade se a rede hoteleira não estiver seguindo na mesma direção.
Para concluir, no retorno para o aeroporto conheci uma moça que ficou hospedada próxima a mim e ela comentou: “poxa, esse hotel é tão bonito, só não fiquei nele porque minha agência disse que já tinha recebido muitas reclamações”. Perguntei: você foi bem atendida no outro? Ela respondeu que sim. Então, eu disse: quando voltar aqui continue no mesmo hotel, as aparências enganam...
***Fiz uma reclamação formal na agência de viagem.
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